"" Menopausa prematura

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Incontinência urinária


Incontinência urinária


Desconforto 

Um problema que causa bastante desconforto e embaraçoso a uma percentagem significativa de mulheres é a perda involuntária de urina durante pequenos esforços. Mesmo as mulheres absolutamente normais, sem nenhum comprometimento de saúde em praticamente todas as faixas etárias, podem apresentar algum grau de incontinência urinária de esforço. Podemos classificar dessa maneira toda qualquer perda Inesperada de urina após o ato de tossir, espirrar, fazer exercício físico ou levantar algum peso, quando a uretra e a bexiga estão ilesas, mesmo estando a bexiga quase vazia.

Em algumas mulheres a situação pode ser bastante como ficou muda e até pequenos movimentos podem desencadear a saída da urina. Diante da sua frequência e do número de mulheres que procuram orientação médica para esclarecer a causa, existem hoje em equipes profissionais especializados no tratamento da incontinência urinária feminina. Por esta razão, é um importante que uma mulher com este tipo de problema seja muito bem examinada, pois cirurgias precipitados poderão gravar a situação, ao invés de solucionar a dificuldade. Embora, no passado recente, muitos casos verificados fossem consequência de traumatismo do parto as múltiplas gestações, existem ainda algum paciente que são portadores de defeitos congênitos de difícil correção. Interessantíssimo 

Defeitos congênitos 

Outras mulheres podem ter o paciente que são portadores de defeitos congênitos de difícil correção outras mulheres podem ter o problema exacerbado durante a gestação pela compressão do útero grávido sobre a bexiga e, depois do parto, pelo relaxamento das estruturas pélvicas. Mas, diga-se de passagem, a incontinência urinária é muito mais frequentemente causada por lesões no canal do parto (uso do fórceps por profissionais ineptos) do que pelo número de vezes que a mulher deu à luz por via vaginal. Acreditava-se, inicialmente, que a perda incontrolável de urina entre as mulheres fossem razão do pequeno comprimento da uretra, mas hoje sabemos que isto praticamente não tem importância.


Uretra feminina  

A uretra feminina forma um ângulo com a bexiga e que mantém a sua continência. As pesquisas já mostraram que a causa da incontinência pode ser um defeito nos mecanismos fisiológicos que controla a saída da urina, principalmente pela perda de resistência muscular. Pensava-se que a causa era a modificação neste ângulo de curvatura da uretra e, assim, todo e qualquer tratamento cirúrgico para o posto visava a restauração desta força muscular ou corrigir um ângulo uretral desfavorável. Atualmente técnicas avançadas de urodinâmica podem pesquisar a causa da incontinência urinária e orientar o tratamento correto. Com a diminuição dos níveis dos hormônios produzidos pelos ovários a tonicidade e a resistência da musculatura genital também ficam menores.

Esta força muscular é indispensável para manter a bexiga elevada, caso contrário pode modificar a sua posição anatômica normal e fazê-la cair na direção da cavidade vaginal (cistocele). Está bexiga “caída” modifica de maneira relevante o ângulo formado entre ela e a uretra, surgindo a incontinência urinária aos mínimos esforços. Muitas mulheres, que sofrem traumatismo da uretra ou bexiga por ocasião dos partos, podem chegar a apresentar sintomas de incontinência urinária, apenas da menopausa.


Menopausa prematura


Menopausa prematura

A cessação definitiva das menstruações é um fato inevitável na vida das mulheres que vivem mais. Quando isto acontece antes dos 35 anos de idade, falamos em menopausa prematura. Embora isto possa parecer uma coisa rara para muitas pessoas não é um acontecimento novo ou reservado à mulher moderna e nem tão pouco uma entidade clínica inusitada no dia-a-dia dos médicos que cuidam da saúde feminina.



Para ilustrar, vamos reproduzir parte de um artigo publicado, na virada deste século, por Josephine Walter, na cidade de New York, numa das maiores revistas médicas norte-americanas (The American Journal of Obstétricos and Gynecology, volume XLV, Jan-June, 1902).

Miss L, nasceu em 1858, nesta cidade. Era a nona filha de uma família de 14 crianças, 9 das quais ainda vivas. Ela foi uma menina sadia, nascido em parto normal de tempo. Entre os 7 12 anos, sofreu as doenças comuns da infância (catapora, sarampo, etc.). Aos 11 anos, teve a sua primeira menstruação, que foi completamente normal e sem nenhum distúrbio nervoso.

Fluxos menstruais 

A partir daí os fluxos menstruais passaram a ser regulares com duração de 3 ou 4 dias e sempre precedidos de dor. Ela sempre gozou de boa saúde, era adolescente alegre e bem-disposta até quando sua mãe ficou doente, em 1881, vindo a falecer súbita e inexplicavelmente. A morte de sua mãe foi uma grande um grande choque para Miss L, que quase imediatamente depois passou a sofrer de bronquite e cistite severas bastante para mantê-la inválida por 3 meses.

Após a conferência de poder estas enfermidades sua menstruação nunca mais voltou. Tinha na época 23 anos. Logo a seguir começou a sentir dores de cabeça, nos pés ficam gelados e logo depois quentes. Tornou-se bastante nervosa sofrendo de frequentes ataques de histeria. Passou a ter medo de ficar sozinha e as suas noites passaram a ser verdadeiros tormentos”.



Menstruação e seus tabus 

A leitura destas públicas ações traz revelações muito pitorescas. Naqueles tempos, ainda não se conhecia os hormônios e o tratamento para os casos de cessação prematura da menstruação era realizado através de aplicação de eletricidade (corrente galvânica e farádica), evidentemente sem nenhum sucesso. Pensava-se que a menstruação fosse o resultado da estimulação de um plexo de nervos uterinos, isto é, um gânglio que recebia mensagens do sistema nervoso central e com isto controlava os fluxos menstruais.

O cérebro funcionava como uma estação telegráfica enviando mensagens para este controle nervoso (plexo ganglionar uterino, como era chamado). Este gânglio era responsável pelo crescimento do endométrio que reveste a cavidade uterina, um tecido que se descama sendo eliminado durante a menstruação. Acreditava-se, no início deste século, que a menopausa prematura era consequência da atrofia, inibição ou doença do gânglio nervoso do plexo uterino.

Os médicos tentaram estabelecer relação com outras doenças conhecidas e, exceto nas enfermidades que levavam a mulher a caquexia, nada parecia ter ligação. Todavia, os mesmos achados clínicos que poderemos facilmente no altar com uma atrofia uterina, ovariana, trompas, seios, vagina e genitália externa também já eram descritos naqueles tempos. Podemos extrapolar conclusões, pois se não se sabia como tratar os casos de menopausa prematura, aquelas mulheres que pararam de menstruar depois dos 40 anos também não recebiam a menor atenção.